Há acontecimentos que surgem ao nosso redor ou até mesmo na nossa vida que nos fazem questionar muito ou deveriam fazer, principalmente na forma como investimos ou desinvestimos o nosso tempo.
Tomamos como nosso o tempo, o vento que sopra vida em nós. Deixamo-nos levar pelas rotinas, por pormenores futéis, por guerras vãs, esquecendo-nos que muito provavelmente o amanhã já não será nosso.
Sentimos medo de lutar, abraçar o que mais desejamos, porque dá um trabalho danado ir contra hábitos, comodismos, rotinas, ideologias, crenças.
E nisto a vida se vai e o tempo passa.
Tempo que não abraçámos para amar verdadeiramente, para nos entregarmos de corpo e alma.
Tempo que não quisemos dispor para irmos atrás do que nos enche o peito duma forma inigualável.
Tempo precioso para superarmos aquilo que somos e sermos muito mais.
Tempo para provarmos que quando queremos, esta vida mesmo no meio de tanta hostilidade pode ser tão, mas tão bela.
Serei ingénua por acreditar no amor e na força do mesmo? Talvez.
Mas mesmo assim com o passar do tempo concluo que prefiro ser ingénua, e amar o que a vida me vai permitindo amar, sendo feliz no tempo que me é dado, do que resguardar-me atrás de fantasmas, de dores, de incertezas, deixando que oportunidades únicas passem ao meu lado,
Quero viver e amar enquanto posso porque hoje sei que é esse o meu legado.